segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Cuba não é uma cidade para ser desfrutada da forma com a qual estamos acostumados. A primeira impressão que senti foi de estranheza. Caminhando pela habana vieja sinto que é mais fácil achar um salão de beleza e colocar unhas postiças coloridas e enormes que achar um supermercado e comprar uma variedade de frutas. Variedades para comprar não é o forte de Cuba. Não vi um supermercado do modelo que temos no Brasil. Vi muitos cinemas na cidade e uma paixão muito grande por essa arte. Não só dos estudantes da escola de cinema, que tem muitos estudantes brasileiros, mas é um hábito do povo. Os cinemas são grandes e por conta do festival as filas são enormes e as salas sempre cheias. O povo comenta o filme dura a sessão, levanta, fuma dentro do cinema, reage sempre de forma expansiva e vibra muito quando aparece um ator de novela. Eles acompanham nossas novelas e adoram. O cinema brasileiro lhes dá a oportunidade de ver uma realidade diferente da telenovela. As viagens não são habituais e fartas para eles e uma boa maneira de conhecer o mundo é através das salas de cinema. Isso é o mais bacana desse festival. É um festival internacional do cinema lationamericano que reúne diretores, produtores, atores, roteiristas do mundo todo. Um festival que agrega não só os artistas e produtores dos filmes mas todos os cubanos. Um festival que possibilita que filmes que não chegariam lá por conta de dsitribuição cheguem! Experiência única. Vi um filme lindo da Colômbia que acho que não teria a oportunidade de ver aqui, Las colores de la montaña, filme sensível e que me deixou interessada em acompanhar mais sobre o que acontece hoje na Colombia em relação as guerrilhas e conhecer mais do seu cinema. Vi curta-metragens maravilhosos, filmes cubanos super interessantes, muitos filmes brasileiros. As diferenças sociais não são vistas quando se anda pela cidade. Vi bairros diferentes como Cubanacã onde ficam as embaixadas, bairro bem asfaltado com residências e embaixadas luxosissímas completamente diferentes das casas dos outros bairros por onde andei em que as casas as vezes são sustentadas por madeiras. A grande lição de Cuba é que se pode viver e ser feliz com pouco. Há dias em que se quer cenoura mas se come batata...

3 comentários:

  1. Há dia em que se quer cenoura mas se come batata.
    Verdade!
    Aproveite a viagem.
    Beijossss

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  2. eu te devo um jantar vai poder ser com cenoura e batata. viva o brasil!

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