terça-feira, 28 de junho de 2011

Sessão especial de Besouro - CCBB dia 09 de julho


dia 09 de julho tem exibição de Besouro no CCBB as 16 horas. oportunidade especial para quem não viu! será em audio descrito para cegos e legendado para surdos. Estarei lá para um bate-papo depois da sessão. senhas gratuitas 30 minutos antes da sessão.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

No que você está pensando agora?


Ontem na mesa de bar rolou uma discussão sobre as redes sociais. Estamos cada vez mais grudados nessa teia virtual de exposição pessoal. Tudo vale ser exposto. Qualquer momento já vai nos exigindo a foto que será postada. Qualquer sensação acaba virando um grito virtual. Vale postar bizarrices pelo fato de serem bizarras. Todas as coisas num saco infinito, pois tudo é somente uma questão de gosto. É o que alguns dizem. Questão de gosto, será? Também por que são tantas solicitações e tanta informação que uma coisa vai sendo atropelada pela outra. A maioria das coisas não se solidifica por isso nem precisamos selecionar o que publicamos.
Fora a necessidade da validação do olhar do outro. Um grande jogo da rede. Isto, temos do lado de cá do computador também. Só que na rede todo mundo pode se expor mais, então acaba sendo maior a necessidade dessa aprovação: quantas pessoas curtiram, sua foto do perfil é bonita, discreta ou faz o tipo provocadora?
Tem algumas vantagens de estar na rede. Só que me vi algumas vezes numa relação de carência e dependência desse negócio grudento. Alguns amigos me falaram que estão lendo menos, que não conseguem terminar um livro por conta dos bate-papos. Eu evito bate-papos, eles não me atraem!
Adoro poder trocar informações, descobrir artistas interessantes, videos inspiradores. Gosto, não nego, da Caras popular, com direito a fotos! Será que, no entanto, não estamos sendo chupados para dentro desse ralo e nos diluindo? Será que acabamos nos econtrando menos por que estamos sem tempo ou por que a vida virtual produz esse novo hábito? Será que vamos desaprender a abraçar a beijar de verdade? Olhar no olhar?
O fato é que a rede se tornou presente nas nossas vidas. Como cuidar do que publicamos e do quanto vale ingerir dessa enorme massa de informação? Hoje me questionei e por isso esse texto. Quero pensar mais antes de dizer tudo "o que estou pensando agora". Para não encher o saco infinito com: "hoje está frio", "comi o macarrão na casa da mamãe", "brochei pela primeira vez", sabe? Vai todo mundo ficando carente. Dependente das pessoas curtirem suas publicações, de ter muitos amigos que às vezes nem conhece. Carência virtual, era só o que faltava! Sábios eram os antigos que podiam dizer: no news, good news!