Tem algumas coisas interessantes que tenho observado nessa viagem para Recife.
Aqui tem muita fruta. Aqui em Recife você compra 4 mangas pelo preço de uma no Rio de Janeiro. Muita pitomba, jabuticaba, jaca, caju, cajá... mas se você vai tomar um suco, só tem de polpa! Se você vai tomar um caipirosca, não tem de caju, só tem de limão, lima e abacaxi...vai entender...
sábado, 27 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Metropolis
Friedritchstadpalast, 12 de fevereiro em Berlim.
“ Head and hands need a mediator”
“The mediator between head and hands could be the heart”
A Berlinale começa para mim com um filme que teve sua primeira première em 1927. Depois de oito anos sendo restaurado, ainda faltavam alguns trechos do filme para que ele ficasse completo. Até que foram encontrados os negativos em 16mm, contendo o último corte original, em Buenos Aires, no Museo del Cine Pablo Ducrós. O filme foi exibido com a orquestra sinfônica de Berlim tocando ao vivo. Ao sentar na minha poltrona e ver aquele teatro imenso sem nenhuma cadeira vazia, todos aqueles instrumentos no palco e aquela tela enorme, fiquei muito emocionada. Me dei conta de que estava participando desse festival da melhor maneira possível. É indescritível a sensação de ver um filme com uma orquestra tocando ao vivo.
Fritz Lang dá o seu grito. Ele fala sobre a construção das cidades, ele fala dos homens, das relações humanas, ele sente o mundo e cria, ele cria e sente o mundo. A história fala sobre a vida mas não se disfarça de vida. O filme é “mudo”, afinal de contas, é 1927. Pouco texto e muita ação, no sentido de atuação. A interpretação não tem nada de contenção, de realista, de naturalista. É puramente expressiva. Os corpos dos atores traçam desenhos geométricos. O preto e branco ajuda a ressaltar outros elementos do filme. Por mais que não tenha sido uma opção naquela época, a ausência de cores faz parte da história que é contada nesse filme. Máquinas, fumaça, operários, a metropolis se erguendo, alta, potente e massacrante.
Um filme de Fritz Lang com trilha de Gottfried Huppertz em preto e branco. É realmente muito bom poder ver numa tela enorme uma obra de arte. Os cenários dos filmes de Fritz Lang eram feitos por artistas plásticos, escultores. Risco e expressividade em máxima potência. Por que a gente perdeu isso? Sinto saudade do cinema que não vivi. O silêncio pode nos ajudar a escutar de maneiras novas. A indústria cinematográfica existe, ela quer dinheiro, quem não quer? Será que não há espaço para a arte e a indústria co-existirem ou o mundo de hoje é que anda menos inspirado? Por enquanto, recordar é viver...
“ Head and hands need a mediator”
“The mediator between head and hands could be the heart”
A Berlinale começa para mim com um filme que teve sua primeira première em 1927. Depois de oito anos sendo restaurado, ainda faltavam alguns trechos do filme para que ele ficasse completo. Até que foram encontrados os negativos em 16mm, contendo o último corte original, em Buenos Aires, no Museo del Cine Pablo Ducrós. O filme foi exibido com a orquestra sinfônica de Berlim tocando ao vivo. Ao sentar na minha poltrona e ver aquele teatro imenso sem nenhuma cadeira vazia, todos aqueles instrumentos no palco e aquela tela enorme, fiquei muito emocionada. Me dei conta de que estava participando desse festival da melhor maneira possível. É indescritível a sensação de ver um filme com uma orquestra tocando ao vivo.
Fritz Lang dá o seu grito. Ele fala sobre a construção das cidades, ele fala dos homens, das relações humanas, ele sente o mundo e cria, ele cria e sente o mundo. A história fala sobre a vida mas não se disfarça de vida. O filme é “mudo”, afinal de contas, é 1927. Pouco texto e muita ação, no sentido de atuação. A interpretação não tem nada de contenção, de realista, de naturalista. É puramente expressiva. Os corpos dos atores traçam desenhos geométricos. O preto e branco ajuda a ressaltar outros elementos do filme. Por mais que não tenha sido uma opção naquela época, a ausência de cores faz parte da história que é contada nesse filme. Máquinas, fumaça, operários, a metropolis se erguendo, alta, potente e massacrante.
Um filme de Fritz Lang com trilha de Gottfried Huppertz em preto e branco. É realmente muito bom poder ver numa tela enorme uma obra de arte. Os cenários dos filmes de Fritz Lang eram feitos por artistas plásticos, escultores. Risco e expressividade em máxima potência. Por que a gente perdeu isso? Sinto saudade do cinema que não vivi. O silêncio pode nos ajudar a escutar de maneiras novas. A indústria cinematográfica existe, ela quer dinheiro, quem não quer? Será que não há espaço para a arte e a indústria co-existirem ou o mundo de hoje é que anda menos inspirado? Por enquanto, recordar é viver...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
i don't speak german
I don't speak german. If you can speak english i can understand but i can't speak very well...a frase que mais repeti hoje. Me sinto muito capaz por conseguir resolver quase tudo sem falar alemão e com meu inglês mais ou menos. Claro que as coisas ficam mais intensas quando você não sabe falar, nem ler.Uma das coisas mais difíceis é o metrô. Num primeiro olhar todas as palavras se parecem. Tudo acaba em strabe. Fui comprar o bilhete para o Metropolis, do Fritzlang. Cheguei muito bem na Potsdamer platz. Bilhete na mão e muito feliz me perdi um pouco para voltar. Ao invés de ir para o metrô, fui para a estação de trem...e por conta do Berlinale tem muitos estrangeiros na cidade´, o que dificulta para pedir ajuda. Ao voltar para meu bairro estava nevando muito. Fui numa loja de chá. Muitos tipos de chá. O dono dessa loja viaja para comprar chá em fazendas na índia. Por conta do meu inglês mais ou menos comprei dois chás que ele falava que eram os mais incríveis. Um deles era o lemongrass. Lemon é limão. Grass é capim. Ou seja comprei chá de capim limão...rsrsrsrs...depois num supermercado que só tem comida bio(orgânica) eu comprei um pão velho sem saber... na verdade, acho que comprei a história e a vontade de falar inglês, alemão, francês... Berlim e suas ruas escorregadias me ensinam novas formas de caminhar...
bERLIM
Berlim é uma cidade super excitante, ainda mais quando está acontecendo o Berlinale, que não é somente um grande evento cultural, mas uma das datas mais importantes para a indústria cinematográfica internacional. O Festival possibilita que artistas, cinéfilos, diretores, produtores de todo o mundo se encontrem em Berlim. Neste ano estamos comemorando os 60 anos de festival. Estou ansiosa para a premiere do filme de Fritz Lang's, METROPOLIS, agora em versão restaurada.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Berlin is very cool
Berlim tem umas coisas legais e uma delas é que ainda é uma cidade barata/billig. Comecei num restaurante árabe com um sanduíche de falafel por apenas 2 euros. Depois de dar uma volta no bairro em que estou hospedada fui jantar na casa de amigos. Pegamos um táxi por 4 euros. Eles tem um tipo de serviço de táxi que se você vai fazer uma corrida de curta distância você só paga 4 euros. Quando cheguei estavam todos, mais de 30 pessoas, numa mesa enorme, a maior mesa que já vi em minha vida, cortando legumes, tomando vinho e champagne. Muita gente bonita e simpática. Mesmo com meu inglês mais ou menos, principalmente depois de alguns copos de vinho e doze horas de viagem, eu consegui conhecer várias pessoas. Minha participação foi cortar um pomello. Nunca tinha visto um. Parece um grape fruit mas é gigante. Numa panela enorme fizemos uma salada incrível (com muitas sementes, o tal do pomelo, azeite trufado, cresce - o temperinho fresco mais saboroso que já provei) . Tudo cortado pelos convidados e preparado por um fotográfo iraniano que jogou capoeira durante 15 anos e vive em Berlim. Ele cozinha como um chef! Estou muito feliz. Quando a comida é boa me preenche espiritualmente. Não só meu paladar está feliz mas meu espiríto. Quero muito aprender alemão e poder passar um tempo aqui com essas pessoas.
Berlinale
Atravessar o oceano Atlântico e encontrar-me com a brancura das cidades...
Paris me recebeu com neve e tão logo precisei partir para Belim. A brancura desse inverno gelado me deixou serena. Deixei de me importar com o frio, com o cansaço de mais de 12 horas de viagem...estou muito feliz de estar em Berlim. Mais um passo dado com o Besouro. Amigos de Berlim convido a todos a première do Besouro no Berlinale/panorama dia 15 de fevereiro no Zoo Plast!
E quem estiver daí do Brasil e quiser acompanhar o festival através do meu blog, tentarei postar notícias diárias com fotos do festival.
bom carnaval!
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