Estou envolvida em um projeto novo. Um projeto que a princípio é de outra pessoa, e que eu entraria como parte colaborativa, me propondo ao exercício e a observação. Depois do terceiro encontro, sinto e penso esse projeto o tempo inteiro. Ao mesmo tempo que me entrego a mergulhos em lugares extra-cotidianos, eu me torno objeto da minha própria observação. Observo também o outro, a vida urbana, o som da cidade. Sou observada.
Posso dizer que sinto a necessidade de uma preparação para poder escutar. Num ritmo acelerado e disperso muita coisa se perde. Sinto a necessidade de desacelerar, de relaxar e me permitir a escutar...me permitir...
Uma das primeiras etapas da escuta é o silêncio. Não simplesmente deixar de falar, mas sim, alcançar o silêncio da mente. Quantas vezes uma pessoa está falando e eu já estou julgando, confrontando ou pensando sobre o que eu quero falar? Quantas vezes a cidade vem com seus ruídos de pássaros e cigarras confundidos a ambulancias e aviões? Acolher o que o outro diz, receber...
O blog indica aos leitores. Fechem os olhos, respirem profundamente, silenciem (ou busquem silenciar). Abram os ouvidos, que novos sons podem invadir você!
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