Uma menina
e a cidade passando no meio
e a verdade batendo de quina
na cavidade do meu anseio
gira menina
de vontade pisada no freio
na cidade que é meio ruína
e meio saudade do que não veio
pela vidraça
toda pressa da gente que passa
e o progresso cuspindo fumaça
nas esquinas da minha cabeça
e essa moça eu nem mesmo conheço
mas sua história
mal logo termina
de se representar
rebobina como cinema
em minhas retinas
tira do armário
o vestido de naftalina
ao encontro do amor operário
que se desfaz na próxima esquina
mas a vidente
num baralho partido no meio
um futuro lhe deu de presente
e do escuro uma estrela reveio
Minha imaginação dançarina
nova diva que sinto e semeio
entidade que me contamina
clandestina, nordestina, devaneio
Lindíssima música da nova geração de compositores. Pedro Moraes e João Cavalcanti (Casuarina)se inspiram em A hora da estrela e me inspiram...
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